Hoje minha mãe me disse que eu sou pura bondade. Ela tem razão, me conhece como ninguém. Maldade não corre em mim, mesmo que muitos outros sentimentos me aflijam, ainda sim consigo ser bondosa.
Hoje também na aula de inglês meu professor perguntou se eu falo sempre a verdade, e com toda sinceridade do mundo disse yes, I always tell the truth e por um instante aquilo me pareceu tão hipócrita, como alguém poderia dizer sempre a verdade, quando a regra é que todas as pessoas mentem.
Questionei o maior valor da minha existência apenas porque vide regra todos mentem. Não eu. Eu aprendi a ficar quieta quando a verdade puder ferir, em todos os outros momentos sou verdadeira, sincera e inteira.
Me questiono quantos outros tantos comportamentos reprimi em mim pelo simples fato de ser diferente do que TODO MUNDO FAZ. Porque ter vergonha de um universo inteiro que vive em mim sem esperar que alguém se compadeça.
São tantas gerações tentando se enquadrar, tantas molduras vazias, logo eu que gosto de coach e diversas religiões, como pude tentar ser algo que nunca fui?
A verdade é que não importa a regra, meus prazeres na vida foi sobre quebrá-las. Por que me encaixar na regra se tenho certeza que sou a exceção?
Todos parecem procurar a mesma coisa, mas eu nunca me identifiquei com eles, de repente sinto um aperto no peito por querer o que todos querem.
MAS EU NÃO QUERO. EU NÃO QUERO UMA HISTÓRIA COMUM.
EU NÃO QUERO O QUE TODOS QUEREM.
EU NASCI PARA SER ÚNICA.
Que eu não me esqueça: o mais belo em mim só existe em mim e nunca deve ser escondido, porque mesmo sendo um pequeno grão de areia, sem esse grão não existe oceano.
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