quinta-feira, 15 de junho de 2017

Trilha Sonora como História de Vida

Quando nasci me apaixonei por aquela mulher que cantava pra mim. Durante anos ouvi aquela música clássica e não entendia a incrível discrepância entre a sua letra e a realidade da minha família.
Aos cinco, minha música favorita era aquela que começava com tink-winky e terminava com poo.
Nós próximos cinco anos, a influência do meu pai foi tudo e não tinha como ser diferente.
Aos dez eu tinha certeza que rock and roll era música, e o resto era resto. Brasileira favorita: titãs, gringa: the doors. (Sim, as influências de rock do meu pai eram muito boas.)
Agora que eu escrevi isso, entendo a eternização do meu amor pelo Nando Reis, cara, a voz dele me acompanhou durante uma infância inteira, como não amar?

Aos quinze ainda achava que rock era música e o resto, resto. Minha banda favorita sem dúvidas era Pearl Jam, mas essa foi uma influência da minha Tia. Infelizmente a vida me obrigou a mudar minhas influências musicais.

Com vinte anos provavelmente minha música favorita era um rap bem obsceno e um pouco cafajeste.
Aqui o rock era música, mas do resto descobri o rap, o raggae, o pop, o ragga, o eletrônico e umas coisinhas mais.

Aos vinte e cinco descobri que nada é música, mas música é vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário